Segurança, eficiência e inovação com a Proxion Solutions e Bartec
Em ambientes industriais de alta complexidade, como plataformas de petróleo, refinarias, usinas, silos e armazéns de grãos, a presença de substâncias inflamáveis no ar exige medidas rigorosas de segurança. Esses locais, denominados “áreas classificadas”, impõem desafios únicos quando o assunto é automação de processos e uso de tecnologias digitais. Nesses cenários, cada equipamento precisa operar de forma segura, sem riscos de gerar faíscas ou superaquecimentos que possam desencadear uma explosão.
Pensando nessas demandas críticas, a Proxion Solutions firmou uma parceria estratégica com a Bartec, referência global em soluções para atmosferas explosivas, por meio da distribuição oficial da Tecnovolt no Brasil. Com essa união, a Proxion expande seu portfólio, passando a oferecer ao mercado nacional equipamentos e tecnologias de ponta para áreas classificadas, somando-se à sua tradicional expertise em AIDC (Identificação Automática e Captura de Dados).
Continue aqui que vamos explorar o que caracteriza uma área classificada, por que ela exige soluções especiais, quais os riscos do uso de equipamentos não certificados e os benefícios tangíveis que as soluções EX (“Explosion Proof”) trazem para as operações.
Parceria entre Proxion Solutions, Bartec e Tecnovolt
A Proxion Solutions sempre teve como objetivo a busca por inovação na automação das operações de seus clientes. Com a entrada da linha Bartec em seu portfólio, a empresa traz “segurança além da proteção” e consolida sua posição como provedor em automação industrial para ambientes críticos.
A Bartec é uma marca globalmente reconhecida por seu comprometimento com a segurança em atmosferas explosivas. Presente em dezenas de países, a empresa desenvolve e fabrica dispositivos que seguem rigorosamente as normas IECEx, ATEX e INMETRO, oferecendo confiabilidade e performance mesmo nas condições mais severas.
A Tecnovolt, distribuidor exclusivo da Bartec no Brasil, completa o ecossistema com suporte técnico local, agilidade logística e conformidade regulatória. Essa trinca forma uma cadeia de valor robusta e confiável, colocando nas mãos de engenheiros, técnicos e profissionais de TI ferramentas seguras e inteligentes para otimizar suas rotinas.
O que são áreas classificadas e por que precisam de soluções especiais?
Áreas classificadas são ambientes onde há uma atmosfera potencialmente explosiva, formada pela combinação de substâncias inflamáveis com o oxigênio do ar. Em condições normais ou acidentais, essas atmosferas podem se tornar perigosas quando em contato com fontes de ignição.
Imagine, por exemplo, um armazém de grãos. Durante a movimentação e beneficiamento dos produtos, poeiras combustíveis são lançadas ao ar. Em determinados níveis de concentração, esse ambiente se torna tão inflamável quanto um tanque de combustível. Nessas condições, até um simples clique de um coletor de dados comum pode gerar uma faísca capaz de desencadear uma explosão.
Área Classificada: Áreas nas quais uma atmosfera explosiva de gás inflamável ou de poeira combustível está presente ou na qual é provável sua ocorrência, a ponto de exigir requisitos especiais para as atividades de fabricação, instalação, utilização, inspeção, manutenção, reparo e auditorias de equipamentos elétricos, de instrumentação, de telecomunicações ou mecânicos Ex. Norma NBR IEC 60079-10-1, para as finalidades desta norma, uma área é uma região ou espaço tridimensional.
De acordo com a norma NBR IEC 60079-10-1: “Misturas com o ar de substâncias inflamáveis ou combustíveis na forma de gás, vapor, poeira ou fibras, as quais, após a ignição, permitem a propagação auto-sustentada de toda a mistura (explosão).”
Onde podemos encontrar atmosfera explosiva?
Refinarias de Petróleo
Ambientes altamente suscetíveis à formação de atmosferas explosivas devido à manipulação de vapores inflamáveis como gasolina, diesel e outros hidrocarbonetos. Vazamentos ou falhas operacionais podem gerar misturas explosivas perigosas com o ar.
Exemplo: Área de bombeamento ou tanques de armazenamento.
Indústrias de Impressão, Papel e Têxteis
O uso de solventes na impressão e a poeira gerada no processamento de papel e tecidos criam risco de ignição. A eletricidade estática também é uma fonte comum de ignição nesses ambientes.
Exemplo: Prensas offset ou linhas de corte.
Minas Subterrâneas
O metano é o principal gás inflamável encontrado em minas. A presença de poeiras combustíveis (como carvão) também aumenta o risco de explosões devastadoras.
Exemplo: Túneis de extração ou áreas de ventilação.
Tubulações e Centros de Distribuição de Gás
Vazamentos em válvulas, conexões ou falhas de vedação podem liberar gases inflamáveis, especialmente em instalações urbanas ou industriais que distribuem GLP ou gás natural.
Exemplo: Estações redutoras de pressão ou redes enterradas de gás.
Áreas de Carpintaria
O pó fino de madeira em suspensão, quando acumulado e em contato com fontes de ignição (como motores ou ferramentas elétricas), pode provocar explosões rápidas.
Exemplo: Cabines de lixamento ou salas de corte CNC.
Usinas de Cana de Açúcar
As áreas de moagem, fermentação e destilação geram vapores de etanol inflamáveis. Além disso, há risco de poeira e gases combustíveis nas caldeiras e dutos.
Exemplo: Dutos de etanol, moendas ou casas de força.
Plantas de Processamento Químico
Envolvem manipulação de líquidos, vapores e pós que podem se tornar inflamáveis. Substâncias como solventes, ácidos e álcalis exigem controle rígido sobre fontes de ignição.
Exemplo: Reatores químicos ou linhas de envase.
Áreas de Combustíveis e Hangares de Aviões
Locais onde combustíveis líquidos ou gasosos são armazenados e manipulados, como pistas de abastecimento e hangares de manutenção. Vapores de querosene e gasolina podem formar atmosferas explosivas mesmo em pequenas concentrações.
Exemplo: Bombas de abastecimento de aviões ou áreas de ventilação de tanques.
Plantas de Tratamento de Resíduos
Geração de gases inflamáveis como metano e sulfeto de hidrogênio devido à decomposição orgânica. Riscos se intensificam em áreas de digestores anaeróbicos ou tanques fechados.
Exemplo: Câmaras de bombeamento ou tanques de lodo.
Manejo e Armazenagem de Grãos (Silagem)
Poeiras orgânicas suspensas no ar (milho, soja, trigo) são altamente combustíveis. Em combinação com calor e ventilação deficiente, podem gerar atmosferas explosivas.
Exemplo: Silos, elevadores de grãos, esteiras transportadoras.
Postos de Combustíveis
Evaporação de gasolina e etanol durante abastecimento de veículos pode gerar nuvens inflamáveis, principalmente em ambientes mal ventilados.
Exemplo: Bicos de abastecimento ou áreas de descarga de caminhões-tanque.
Classificação por zonas
A classificação dessas áreas leva em conta a frequência e duração da presença da atmosfera explosiva:
Gases e Vapores
ZONA 0: Área onde a ocorrência de mistura explosiva é contínua.
ZONA 1: Área onde a ocorrência de mistura explosiva é provável de acontecer em condições normais de operação do equipamento de processo.
ZONA 2: Área onde a ocorrência de mistura explosiva é pouco provável de acontecer, e se acontecer, é por curtos períodos, e está associada à operação anormal dos equipamentos de processo.
*Conforme ABNT NBR IEC 60079-10-1
Exemplo:
- Em torno de válvulas ou dutos em caldeiras industriais ou casa de bombas que processam líquidos inflamáveis e liberam vapores inflamáveis de forma intermitente, é zona 1.
Poeiras combustíveis
ZONA 20: Local na qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível, está presente no ar continuamente, por longos períodos de tempo ou frequentemente.
ZONA 21: Local na qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível no ar, é esperada ocorrer eventualmente em condições normais de operação.
ZONA 22: Local na qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível no ar, não é esperada de ocorrer em operação normal, mas se ocorrer, permanecer apenas por um breve período de tempo.
*Conforme ABNT NBR IEC 60079-10-2
Exemplo:
- Dentro de silos de armazenamento de grãos, onde a poeira fina de grãos permanece em suspensão continuamente, é zona 20.
- Corredores adjacentes a áreas de processamento de grãos ou salas técnicas próximas a sistemas de combustão, trata-se de área 2 ou 22.
Outro fator é o tipo de substância:
Grupo I: Atmosferas em minas subterrâneas de carvão, tendo como principal gás o metano e poeiras combustíveis de carvão
Grupo II: Atmosferas contendo gases e vapores inflamáveis (exceto minas subterrâneas de carvão), subdivididos em IIA, IIB e IIC (sendo o mais severo).
Grupo III: Atmosferas contendo sólidos que podem formar uma nuvem inflamável ou assentarem e formar uma camada que pode gerar brasas.
A temperatura também importa. Cada equipamento deve operar abaixo da temperatura de ignição da substância presente, de acordo com classes de T1 (450ºC) a T6 (85ºC).
Nessas áreas classificadas, equipamentos comuns podem ser uma ameaça. Por isso, é obrigatório o uso de equipamentos com certificação EX, aprovados por normas como ATEX, IECEx e INMETRO, que garantem que um equipamento foi projetado para não gerar centelhas, superaquecimento ou falhas perigosas em condições normais ou acidentais. Isso é obtido por meio de proteções como encapsulamento, pressurização, à prova de chama, entre outras.
Por que equipamentos comuns representam um risco?
O uso de um equipamento inadequado em uma área classificada não é apenas um erro técnico. É um risco real, com consequências graves. Desde prejuízos financeiros até a perda de vidas humanas, os incidentes causados por faíscas ou falhas de isolamento elétrico são recorrentes no setor industrial global.
Principais riscos:
- Explosão e incêndio: Por faísca, calor ou falha elétrica;
- Paralisação da produção: Um incidente em uma área crítica pode parar toda a planta;
- Multas e interdições: Por parte de órgãos reguladores (INMETRO, ANP, CIPA);
- Responsabilização civil e criminal: Acidentes podem resultar em perdas humanas e ações judiciais;
- Perda de certificações internacionais de segurança.
As multas por descumprimento das normas brasileiras (como a Portaria 179 do INMETRO) e internacionais podem chegar a milhões. Além disso, a imagem da empresa é prejudicada, afetando relações comerciais, seguros e licitações.
Em contraste, as soluções certificadas EX proporcionam tranquilidade regulatória, robustez, maior vida últil e permitem a digitalização de processos com segurança.
A automação de processos em áreas classificadas exige dispositivos que:
- Evitem qualquer risco de ignição
- Operem de forma confiável mesmo em ambientes severos
- Permitam mobilidade e conectividade com segurança
- Sejam certificados para cada tipo de zona e substância
Um coletor de dados comum, ao descarregar estática ao ser manuseado por um operador, pode gerar uma faísca em um ambiente com gás inflamável. A consequência é catastrófica.
Com as soluções certas, é possível digitalizar processos, eliminar papel, monitorar ativos em tempo real e garantir compliance com normas internacionais. Tudo isso sem comprometer a segurança.
Benefícios das soluções EX
Investir em equipamentos com certificação EX vai muito além da segurança. Empresas que operam em áreas classificadas têm muito a ganhar em benefícios com a adoção dessas tecnologias como:
- Segurança garantida para colaboradores e infraestrutura;
- Conformidade legal e regulatória;
- Evita interrupções de produção por incidentes;
- Maior durabilidade em ambientes severos;
- Facilidade de integração com sistemas de TI e automação;
- Imagem positiva da empresa perante o mercado e certificadoras.
Sim, você pode contar com a mobilidade e inovação das soluções AIDC nas áreas classificadas!
Além disso, muitos equipamentos EX já incorporam recursos de conectividade, inteligência embarcada, leitura de códigos de barras e RFID, compatibilidade com sistemas Android e gerenciamento remoto, assim garantindo uma operação segura sem abrir mão da eficiência digital.
Automatizar processos em áreas classificadas é mais do que uma necessidade: é um diferencial competitivo. As empresas que investem em tecnologias certificadas reduzem riscos, ganham eficiência, aumentam a produtividade e mantêm a conformidade com os mais rigorosos padrões internacionais.